terça-feira, 26 de maio de 2009

BOMBA: OBINA NO PALMEIRAS!


Às 9h54 de ontem [21h54 de domingo, pelo horário de Brasília], a Coreia do Norte detonou uma ogiva de 10 a 20 kilotons, potência equivalente à das bombas que arruinaram Hiroshima e Nagasáki e precipitaram o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Mas a verdadeira bomba do dia ocorreu mesmo no mundo da bola. Tão poderosa que fez oscilar os sismógrafos da mídia esportiva:

O Palmeiras confirmou a contratação do atacante Obina, do Flamengo, por empréstimo, até o fim do ano.

Enquanto Obama deixava flores no túmulo do soldado desconhecido, o rubro-negro carioca enterrava uma parte de sua recente história, empurrando Barack Obina - com bola e tudo - lá pros lados do Palestra Itálica.

Foi sem dúvida o maior reforço do ano para o Mengão. Uma economia de 150 mil reais mensais. Um salário gordo, prum jogador obeso, que andava apresentando um futebol magro.

O fiel da balança? O velho Luxa, asseado técnico do Porco; em mais uma prova explícita de amor ao clube do coração, mesmo defendendo hoje as cores do Parmêra.


JEJUM

Obina não faz gol desde novembro do ano passado. Ou seja, estaria recebendo até este mês de maio cerca de 500 mil para sequer desvirginar as redes. Seria um péssimo negócio pro clube da Gávea.

Ainda bem que o Flamengo não paga salários.

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Nos últimos tempos, Obina tem sido um atacante diferenciado: não chuta, não dribla, não marca [nem gol], não cruza, não trepa e nem fala palavrão. Um verdadeiro anjo. O Anjo Negro da Gávea.

É verdade que ele fará muita falta - como no último jogo, onde ele fez quatro! -, mas o Flamengo supera.


OBINA ETERNO

Mas não há como negar que Obina seja um personagem mítico e eterno do Rubro-Negro carioca; folclórico como a Cuca, o Boi Tatá, Paulo Maluf e o Saci Pererê [aliás, este jogaria muito mais que a maioria dos nossos atacantes em atividade - com um pé nas costas!].

E se for para ter no elenco do Flamengo um personagem folclórico, que seja o Curupira, o verdadeiro artilheiro dos gols bonitos:

- Só faço gol de calcanhar!

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O Mengão tem a maior torcida do mundo, é um clube de massa, mas o bom baiano é mais chegado num acarajé com molho de dendê. Talvez daí venha a inaptidão do atacante quando entra na cozinha adversária, a dieta.

A rigorosa dieta de Obina é rica em jejum de gols.


NOVAS REGRAS

Para que Obina marcasse um gol pelo Flamengo ainda este ano, a Fifa teria que intervir seriamente, mudando regras básicas do famoso esporte bretão:

- trocar as traves pelas de futebol americano [para melhor acolher as isoladas do atacante];

- aceitar o uso das mãos no domínio da bola [dada a clara deficiência do baiano em fazê-lo com os pés];

- eliminar a figura do goleiro [ah, vai, ajuda sim..].

Mas a verdade é que o bundudo jogador não é de todo culpado, apenas escolheu o esporte errado. Ele se sairia bem melhor lutando boxe. Categoria peso morto.


BOMBA 2:

E, com exclusividade, mais uma bomba! Durante a cobertura feita por este umirde brógui da última partida do Xodó pelo Flamengo, nossos microfones à beira do gramado captaram o áudio do que teria sido o momento exato em que Obina é chutado pela Bola.

- Está tudo acabado entre nós!

- Óxente, maínha, por que???

- Adivinha..

- Mmmm, vou chutar..

- Não! Nem tenta chutar, você nunca acerta um chute. Obina, há anos você vem me tratando mal. Mas, repito, agora acabou!

- Eu sei, ando vacilando contigo, mas é que eu tenho a cabeça fraca.

- A cabeça, os pés...

- Ok, minha deusa, eu admito que não te valorizo como deveria, mas...

- Não valoriza???!!! Eu fiz o teu nome! Até gol de título eu já te dei de mão beijada! E você, o que me deu em troca? Só pisada na bola!

- Mas a partir de agora eu vou te dar mais bola! Eu juro! Eu posso mudar!!!

- De esporte, espero. Eu não quero te ver nunca mais na minha vida!


PORCO FIEL

Segundo o experiente goleiro palestrino São Marcos, só um milagre é capaz de fazer o Anjo Negro cometer um gol este ano.

Mas a torcida do Porco Alviverde - mesmo não sendo Fiel - crê com todas as forças que: se o Parmêra chegar a final da Copa Libertadores, Obina fará o gol do título SIM!, pois:

- "ÔÔÔ, OBINA É MELHOR QUE O IMPERADÔÔÔR!"

Obina é melhor que o Etóo.
Susan Boyle é melhor que a Nina Simone.
Prison Break é melhor que Oz.
Gripe suína é pior que o câncer.


SEM PERDÃO

O Flamengo se livrou do Obina, mas o Xodó perdoa. CHUCK NORRIS não:

- Se o Flamengo tá querendo alguém que saiba chutar, precisa ver meu round house kick!

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sábado, 16 de maio de 2009

CARACAS!!! - RESENHA: "LOS TELECASTER"


LOS TELECASTER: ROCANROL VENEZUELANO DE RESPONSA!

Los Telecaster é uma banda de rock independente venezuelana formada em 2003, na capital do seu país, Caracas. Já o primeiro rebento homônimo dos Los Tele foi lançado apenas em meados do ano passado, pelo selo independente Fan Zinatra.

Composta pelos músicos Alejandro "Ringomes" nos vocais, Carlos José no baixo, Simon Mujica na bateria e mais a dupla Carlitos del Valle e Jonathon "Kuamasi" nas guitarras, foi incensada por crítica e público como the next big thing daquele país. E com razão.

Os músicos caraqueños são responsáveis neste debute por doses generosas de rockabilly, surf e garage rock, mas utilizando-se de melodias, timbres e arranjos que auxiliam ouvidos menos acostumados a fazer a ponte com o rock contemporâneo pós-strokeano.

Os versos rasgados e bem-humorados do cantante Ringomes se juntam a salpicadas referências de clássicos do rock; e é evidente o protagonismo das guitarras, que revitalizam de maneira exemplar notas aparentemente puídas, reverenciando velhos ídolos, mas acelerando em busca de novos caminhos, sem mirar o retrovisor. O clima é de celebração rockera.

Dandy Boy, por exemplo, é um rockabilly nervoso que homenageia o camaleão David Bowie, com direito a estratégicos coros de woohoo-woohoo a la Mersey Beat.

Anguila e Complejo de Persecucion também se destacam. Dois temazos acelerados e bailables, ambos com solos de guitarra esporrentíssimos – algo do tipo Dick Dale [en]contra Thurston Moore. Na primeira, há uma citação de Sunshine of your love e, na segunda, um corte abrupto da esquizofrenia sonora para um besame mucho praieiro, perezoso, ao sabor e ritmo do mar caribeño.

Viejo Hank é um tributo ao cultuado escritor bebum Charles Bukowski, onde, já nos primeiros versos, somos alertados de que Nace un viejo borracho que / escribe para tragar más além de: Mujeres tuvo el Viejo Hank / trabajo no, puro chupar / maldito ebrio, máquina de follar.

E ainda faltou mencionar as ensolaradas La Costa del Sol, que chega a pegar carona no pranchão dos Beach Boys, e a instrumental Moloch, que poderia ter sido composta tanto pelos uruguayos do Supersónicos como pelo nosso querido Autoramas.

E, como tiro de misericórdia, o bang-bang certeiro de Viva Cisco Kid - homenagem, per supuesto, aos heróis mexicanos Cisco e Pancho, da série de tv estadunidense dos anos 50.

São dez petardos diretos de indiscutível acento pop, que mal entram nos 3 minutos e não saem da memória de quem os escuta. É fato: Los Telecaster nos presentearam com um cd perfeito, sem temas dispensáveis e/ou ‘encheções de lingüiça’; algo raro - muito raro! - nos dias atuais. Caracas!!!

www.lostelecaster.com
www.myspace.com/lostelecaster



Abaixo, entrevista com o vocalista Ringomes.

"LOS TELECASTER" - ENTREVISTA: RINGOMES


Música de baile. Estilo retrô. Roupas e instrumentos vintage. A banda perfeita para infernizar o salão de festas colegiais - depois que o ponche de sangria estiver devidamente batizado, claro.

A fama dos venezuelanos Los Telecaster chegou até o México e lhes deu direito a fazer duas turnês por aquele país. A última, em março deste ano, recebeu o sugestivo nome de Profetas del Desastre Tour.

Um novo cd já está a caminho e a inédita canção Siete Cueros pode ser apreciada no myspace da banda caraqueña.

Abaixo, Tanto Faz Tanto Fez entrevista o vocalista Ringomes, que fala da cena independente venezuelana, de guitarras Fender, Bukowski, caos social e da vontade de trocar a terra de Chávez pela do Chaves.

TANTO FAZ TANTO FEZ - Como começou a banda?

RINGOMES - Empezamos en 2003 por ganas de llenar tiempo de ocio y pasar el rato sin tener que hacer alguna actividad vernácula como jugar futbol o salir con novias , mejor era tocar Rock; en este caso, lo más sencillo que se pudiera, basado en estilos que nos gustan, y ya han pasado poco más de 5 años.

TF - Ainda que vocês busquem informações do passado para compôr sua música, a mesma soa atual, novedosa. Existe uma “formula telecaster” para mesclar tudo isso com êxito?

No, nos gustaría saber de alguna fórmula, pero la desconocemos. El sonido se aprecia mejor en directo que en el CD , tiene que ver mucho con la calidad de la banda en vivo y la calidad de mezcla del disco, que estaba fuera de nuestras manos. Pero de existir una fórmula, sería componer canciones e ir descartando luego las menos apropiadas.

TF - Além da estética retrô, o que mais lhes serve de influência?

La calle y sus vivencias, en estos últimos tiempos estar Caracas se trata de evitar que te maten y sobrevivir para contarlo en medio de un contexto político-social caótico, dominado por un régimen anacrónico muy corrompido. Todo esto nos pone a la defensiva y crea una corriente de pensamiento particular: somos nosotros contra todos!

TF - A canção inédita Siete Cueros é bem ‘anos dois mil’, ainda que, ao escutá-la, logo se nota tratar-se de Los Telecaster. Há uma preocupação hoje por manter características já intrínsecas, ou existe um movimento por cambios constantes na banda?

Ese tema lo grabamos sin mucha idea de saber qué hacer en el, es una toma directa para Sesiones En Petit Comité, en México, y ahora lo grabamos apropiadamente con otras canciones, y todas tienen ese sonido más contemporáneo, por así decirlo. Es un movimiento en la banda, suponemos que es lo que llaman evolución musical, esa es la nueva dirección del grupo.

TF - Sobre a gravação do segundo CD no México.. a turnê por aquele país lhes serviu para testar novas composições ao vivo?

Si, porque además, nos saca de un nicho específico de mercado para ubicarnos en una esfera más amplia, con más posibilidades. Un ejemplo: Supongamos que tocas en un grupo de Rockabilly allá, donde seguramente vas a tener seguidores, pero se trata de un puñado de gente de estilo tribu urbana. Ahora, si tienes un producto más contemporáneo, sin perder tus características básicas, le puedes llegar a más gente que no necesariamente va a llevar copete a lo Gene Vincent, jajajajajaja [risos], Dios tenga en la gloria al buen Gene, eso sí.

TF - Falando de turnês por México, Los Tele buscam uma base de fãs por lá porque a Venezuela já ficou pequena pra vocês?

Venezuela no tiene mercado ni público meta, El Rock es una curiosidad de greñudos drogados y sólo cuando viene, digamos, Kiss, es cuando la gente se motiva. Entonces, no vale mucho la pena, aunque existan algunos que lo promuevan, casi infructuosamente. México es exactamente lo contrario. Apenas estamos comenzando, en realidad, lograr un pequeño impacto ameritaría trasladarnos allá definitivamente….y lo estamos considerando seriamente.

TF – E por que “Profetas del Desastre Tour”?

Nuestro país es un desastre de proporciones bíblicas, en 10 años se fue a la mierda de una manera estrepitosa, somos testigos de eso, somos profetas de eso.

TF - A fabricante de guitarras Fender nunca criou problemas pra vocês?

Ningún problema, debe ser publicidad gratis. Ahora, Gibson nos patrocinó con guitarras para la grabación del disco y los conciertos en México, ironías de la vida, lo que sea, les estamos muy agradecidos.

TF - Músicos famosos têm suas guitarras telecaster personalizadas como, por exemplo, Avril Lavigne [apesar dessa chica maltratar muito o instrumento]. Você iria gostar de uma tele de Los Tele, personalizada?

Claro, es eso, le haríamos buena publicidad. Lo que pasa es que Avril Lavigne es una tonta. Necesita que le hagan un gangbang o algo.

TF – Qual a sua opinião sobre as novas maneiras de difusão da música que existem hoje?

Tienen un doble filo, pueden ayudar o afectar en la difusión, pero son indetenibles y en nuestro caso, es Internet el medio que nos ha sacado de Venezuela y nos conduce a que desde Brasil, tu nos conozcas y entrevistes. Es la revolución de la comunicación, aunque tenga sus detalles, pero llegara el día donde el mundo nos pertenecerá a todos de verdad, lástima que Lennon no pudo ver y participar de esto, pero sabía que ocurriría.

TF - E como está a cena rock na Venezuela?

La escena Rock en Venezuela es limitada, lo más significativo ocurre en Caracas, pero no es muy variado, más bien medio estancando, poco atractivo. Si a esto le sumas que nunca hemos sido un país donde El Rock sea apoyado, entonces el panorama no es el mejor. Es culpa del Mar Caribe, jajajajaj, en serio, tiene mucho que ver. No parecemos Suramericanos o Andinos, tenemos más en común con Centro América o Miami. Venezuela es muy diferente, va sola por su cuenta, un poco como Brasil.

TF - O que te vem a mente quando pensa na música do Brasil [não vale dizer samba nem bossanova.. hehe]? Algo de rock brasileiro chega a ouvidos venezolanos? E está nos planos de Los Telecaster fazer shows no Brasil algum dia?

En los 80, una disquera venezolana, que ya no existe, publico una serie de discos recopilatorios de Chico Buarque, Maria Betania, Gal Costa, etc…ellos venían mucho a Caracas, además de las telenovelas como Roque Santeiro y demás. En cada Mundial de Futbol, Venezuela se convierte en una sede de Brasil. Al principio fue espontáneo, en la final contra Italia del 94, porque era América contra Europa, luego la cosa se puso ridícula. Le hemos perdido la pista a Brasil un poco, el último grupo del que supimos fue de Paralamas…Uno de nuestros guitarristas estuvo en Brasil con un grupo de Surf llamado Los Javelin. A nosotros nos encantaría tocar allá, sin duda.

TF - O mítico personagem do genial escritor Bukowski, Henry Chinasky, é tema da canção-homenagem Viejo Hank, do cd de estréia da banda. Além da música, o álcool também seria uma gasolina que move o rockabilly envenenado dos Telecaster da garagem até a praia?

Jajajaja [risos], sí, el alcohol es malo y nos mete en problemas, pero nada serios. Bukowski, por muy jovial que le pueda parecer a algunos, es un estilo de vida muy rockero, aunque odiaba El Rock. Pero seamos sinceros, nadie bajo la influencia de nada, puede componer o tocar bien, eso es un mito

TF - Pra fechar a tampa e passar a régua: qual o seu livro favorito do Bukowski?

Son muchas las lecturas, no podríamos decidir cuál es la favorita, pero siempre hay una imagen suya donde relata haber amanecido en un callejón con mucha resaca y una rata encima que lo veía a los ojos. Eso es vivir.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

GRIPE SUÍNA É SACANAGEM!


Então é isso. Não acontece mais nada no mundo. Estamos todos à beira de uma iminente pandemia [não confunda com pneumonia, Mr. Loolah] de gripe suína - influenza, mexicana ou gripe A/H1N1, como prefere a politicamente carréta Organização Mundial de Saúde.

Fato é que a porcaria da doença já se espirrou por vintetantos países, contaminando manchetes até dos periódicos mais vacinados e eclipsando inclusive a - antes insolúvel/agora passageira - crise mundial, o centésimo dia de Pai Obama no poder e o centésimo filho de Pai Lugo, também no poder - e antes no phoder, quando era bispo.

A gripe suína só não foi mais comentada neste fim de semana do que outra enfermidade que acometeu torcedores do Botafogo presentes no Maracanã, domingo:

A gripe canina, cujo primeiro sintoma é o chororô.

Porém, neste caso, não há risco de pandemia, pois o nível de contágio entre os chorões foi baixo, devido à falta de córum para lamentar no lado supersticioso [e vazio] do estádio. O time implorou pela presença maciça dos chorosos enfermos no Maraca e eles retribuiram com muita solitariedade.

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- Por que você não quer mais se casar comigo, meu sapinho lindo?
- Você tá gripada.
- E daí? Você também tá um Caco!

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E quebrando a corrente catastrófico-epidêmica-global dos especialistas em crise gripal, o médico epidemiologista mexicano Miguel Angel Lezana afirma que esta nova gripe NÃO é mais letal do que a comum, do dia a dia. O mesmo diz Richard Besser, diretor-adjunto do Centro para a Prevenção e Controle de Doenças, lá dos Istêitis.

Além disso, pesquisas mostram que 94% dos mexicanos não conhecem diretamente uma única pessoa que tenha sido contagiada com gripe suína; e 75% disseram que sequer "ouviram falar de alguém" que esteja doente.

Talvez seja um pouco de onda errada dizer isso, mas essa gripe até agora não passou de uma marolinha-a-a-a-a... tchim!

Ainda assim, a lista de países que estão boicotando a importação da carne de porco só aumenta. Os mais afetados são, obviamente, México, Estados Unidos e Canadá, os primeiros atingidos pelo novo vírus.

O Egito, então, foi ainda mais radical: eliminou 400 mil porcos! Mantendo a tradição de obras faraônicas, quem sabe não levantam uma nova esfinge, com costelas de porco e cara do Gaguinho...

Não deve ser difícil hoje comer um belo carré de porco assado bem mais barato, e em qualquer parte do mundo.

Ah, e aos paranóicos de plantão: segundo consta, ninguém morrerá por ingerir carne suína. Não de gripe...

Mas o troféu espírito de porco vai para a ministra argentina de Saúde, Graciela Ocaña, que se referiu ao México jocosamente como EL HERMANO ENFERMO.

Muuuuy amiga!

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Nestes dez dias de massificação do assunto gripe, enquanto houve uns que perderam [inclusive a vida], há outros tantos que lucraram, chafurdando na desgraça alheia.

Tem gente graúda por aí mais feliz com o vírus do que fabricante de máscara cirúrgica.

Deu na Agência Reuters [28/04]:

Enquanto é crescente o número de telefonemas de mexicanos preocupados com amigos e parentes devido à gripe suína, o vice-presidente de finanças da Telmex [Teléfonos de México], Adolfo Cerezo, comemora a repentina elevação no tráfego telefônico da empresa de telefonia.

"Isso pode se refletir como um impacto positivo para a Telmex", disse Adolfo Cerezo, em conversa telefônica com analistas.

Não custa lembrar, a Telmex é do grupo Carso, do bilionário cucaracho Carlos Slim [Embratel, América Móvil, Claro, escuro, céu, terra, ar, mar, fogo e água].

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- Patolino, p-p-p-or que você t-t-t-tá fugindo t-t-t-também?
- É que por causa da tua gripe, voltaram a falar da minha!
- Q-q-q-qual?
- Gripe aviária!
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Não há como fazer centenas de mortes por meningite meningocócica na Bahia "competirem" com 30 ou 40 suspeitas da supracitada gripe porcina. É a doença da moda dos primeiros cadernos e jornais nacionais.

Falando em moda, alguém já atentou para o fato de que milhões de máscaras cirúrgicas fashion- vendidas a toque de caixa para uma assustada população mundial - se tornarão obsoletas em pouco tempo? O que fazer com elas se não houver mais o risco de todos nós morrermos semana que vem desta terrível doença?

Algumas sugestas para a sua máscara não cair em desuso:

- Use-a na próxima festa à fantasia. Essa idéia vai contagiar a todos;

- Matricule-se já no curso de medicina, enfermagem, química, biologia, nutrição ou em qualquer outro onde seja imprescindível o uso de touquinhas, jalecos, aventais, luvas e – sobretudo - máscaras higienizadas. Motivo: economia de material acadêmico;

- Combine com seus amigos de redes sociais internéticas um flash mob suíno na churrascaria Porcão. Todos mascarados no rodízio, dividindo suas experiências, além de suculentas costelinhas de porco;

- Morador de São Paulo: use-a para respirar;

- Morador do Rio: use-a para assaltar;

- Smiley! Desenhe um sorriso nela e seja feliz... até que a máscara caia;

Michael Jackson tenta se proteger do vírus mortal, mesmo não havendo risco de inalação, já que ele não possui nariz.

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Para os alarmistas que comparam este vírus recente à devastadora gripe espanhola [que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas no início do século passado], um conselho anti-gripal constantemente citado e receitado pelo grande doutor Chapulin Colorado:

- PALMA, PALMA! NÃO PRIEMOS CÂNICO!!!

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